quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Dia 10 - 15/09/2010

Não vou dizer de novo que o dia foi cheio. Mas hoje bateu todos os recordes. Sem exagero, não deu tempo de parar para respirar. Vamos lá, à maratona do dia:

Passamos a manhã com Max Bezerman estudando negociação e tomada de decisão. O cara é A figura. Começamos discutindo o caso da  Carter Racing, o qual mencionei rapidamente ontem. Numa rápida descrição, o caso consistiu em tomar a decisão de entrar ou não numa determinada corrida. O contexto é de uma nova equipe que está disputando o campeonato e tendo excelente resultados, mas só quando o carro consegue completar a corrida, porque em 29% das vezes o motor quebra! Mas quando o carro consegue terminar a corrida, ele chega entre os 5 primeiros 80% das vezes. O engenheiro chefe suspeita que o problema é com a temperatura ambiente e suas análises sugerem que no frio, o motor tem problemas. Adivinhem qual a temperatura prevista pra corrida... congelantemente frio! Mas basicamente, os dados que temos à disposição, que correlacionam as vezes que o carro quebrou com a temperatura ambiente não são conclusivos. Ao contrário, numa situação o carro quebrou com temperatura acima de temperaturas nas quais o carro completou a corrida sem problemas. Mas o dilema não acaba aí... Basicamente, a corrida em questão é a mais importante do ano (tipo umas 500 milhas de indianápolis) e conseguimos a proposta de um patrocínio mega ultra power pra essa corrida e, se a gente chegar entre os cinco, o patrocínio milionário pro próximo ano tá garantido podendo ter inclusive mais um carro correndo. Muito bem, só que se a gente correr e quebrar, a vaca foi pro brejo. O patrocínio milionário não entra e pra piorar, perdemos o patrocínio que hoje sustenta a equipe que é de um fabricante de óleo lubrificante que não vai gostar nada de ver a equipe que ele patrocina com problemas de motor. A alternativa é não correr, mas se não correr, também não tem chance de conseguir o patrocínio milionário. Portanto, é claro que a decisão foi correr.

Só que durante a aula hoje, o Bazerman apareceu com mais dados, que NINGUÉM tinha pedido... os tais dados apresentavam as temperaturas das corridas em que o motor NÃO quebrou. E a junção desses novos dados com os dados disponíveis até então, aí sim, eram conclusivos. TODO MUNDO tomou a decisão baseado na informação disponível (temperatura de quando a bagaça quebrou), mas ninguém se preocupou em ver a temperatura de quando a bagaça não quebrou. E juntando tudo, ficou evidente que o motor quebrou em 100% das vezes com temperatura abaixo de 66 farenheit (a corrida vai rolar com temperatura de 40), nunca quebrou acima de 75 F e na faixa entre 66 e 75, as vezes quebra e as vezes nao quebra. Bom, quase todo mundo mudou a decisão, e tal e coisa. Mas o melhor estava por vir...

Os dados do problema, eram EXATAMENTE os dados que os cientistas e engenheiros da Nasa tinham a disposição na noite anterior ao lançamento da Chalenger que explodiu. E o dilema era exatamente o mesmo. Um engenheiro que se comunicava muito mal afirmava que fazer o lançamento naquele frio do cão era desaconselhável e todos tinham os dados de um suposto problema com os anéis de vedação dos tanques de combustível, mas que eram tão incconclusivos quanto os que nós tínhamos sobre o motor. E pressionado por pressão política e uma série de fatores, o comandante da bagaça, exímio comunicador, convenceu todo mundo a lançar o onibus espacial e o fim da história todos nós conhecemos. Como na nossa simulaçcão, lá no QG da Nasa NINGUÉM pediu os dados de quando o tal anel NÃO dava problema, o que teria evitado a tragédia.

Lições aprendidas:

- Muitas vezes a chave de negociações complicadas está no que a gente NÃO VÊ e nas informações que existem mas não estão na mesa no momento da decisão. Qualquer relação com aquele negócio de que o importante não é dar as respostas mas fazer as perguntas corretas, provavelmente não é mera coincidência; Bazerman chama isso de "super-confiança nas informações disponíveis". Mas e as que NÃO estão disponíveis? As organizações, afirma Bazerman, estão cheias de pessoas para lhe dizer que você está correto. E elas se chama "subordinados". O mundo é profícuo em fornecer evidências de que estamos corretos. Por isso, nosso dever é procurar evidências de que estamos ERRADOS. Por isso que pessoas negativistas, as vezes, podem desempenhar um papel construtivo, desde que elas tragam dados e informações relevantes para a mesa;
- A importância do "gut feeling". O Malcolm Gladwell tem um livro chamado Blink que fala disso. Do instinto no processo decisório. Às vezes sofremos overload de informações que só atrapalham o processo, quando poderia ser suficiente dar ouvidos à intuição e percepção de pessoas com experiência no tema; Em decorrência do desastre da Challenger, a cultura da Boeing no que tange à sua divisão de aviões comerciais mudou drasticamente. Exemplo disso foram as 12 postergações da data de lançamento do 787. Enquanto alguém ainda sentia que tinha alguém problema possível (da turma da engenharia), ninguém corria o risco de colocar a aeronave no ar e ela cair;
- Do outro lado, intuição sem a capacidade de articular as idéias não serve de grande coisa. É fundamental desenvolver a capacidade de articular idéias e se comunicar;
- Mais uma vez, diferenças relacionadas ao ambiente ficam bem evidentes: na primeira rodada de decisão, quando quase todo mundo decidiu correr o risco e ir pra corrida, a totalidade dos que não queriam correr eram de bancos e seguradoras. O que coloca uma questão parecida com a do ovo e da galinha: esses caras são mais conservadores porque trabalham em indústrias conservadoras, ou foram parar em indústrias conservadoras porque tinham naturalmente um perfil mais conservador?
- A hesitação após a decisão é pior do que tomar a decisão errada. Isso atrapalha a vida das organizações tremendamente. Aquelas figuras que concordam contrariadas e jogam contra são uma das piores desgraças do mundo organizacional e devem ser EXPURGADAS das empresas a todo custo.

E no meio desse furdúncio todo, onde ocorreram discussões bastante intensas, me ocorreu o seguinte raciocíno: a discussão aqui neste ambiente faz sentido. Embora longa e difícil, ela não se tornou entediante em nenhum momento. E fiquei me perguntando porque é tão diferente de muitas discussões que temos no mundo corporativo. E a conclusão a que cheguei, sujeita a críticas e complementos, é que a razão é simples: aqui, ninguém está preocupado em impressionar ninguém. É um bando de gente com ego de tudo quanto é tamanho, mas quando sentam atrás da carteira, viram estudantes, todo mundo igual. E, pelo menos até aqui, não percebo aquele desejo latente de "impressionar" em ninguém. Começo a achar que além dos que jogam contra depois das decisões, também temos que expurgar pessoas muito preocupadas em impressionar e se fazer notar das empresas. Pelo menos o mundo coporativo seria muito mais divertido... Outra reflexão é que já fiz 300 cursos de negociação, mas a abordagem aqui desperta muito mais interesse. Fiquei me perguntando porque. E cheguei a conclusão de que é porque aqui tudo é PRÁTICO e CONCRETO. Tudo está baseado no mundo real. E isso faz toda a diferença (talvez aí esteja a grande sacada da metodologia do estudo de caso).

 O dia continuou com um almoço com Jan Rivkin, o cara da estratégia competitiva. O almoço foi no nosso "living hall", que é a sala onde tem televisão, espaço de trabalho, geladeira, etc e tal. A própria universidade agiliza os sadubas e tudo mais pra podermos fazer o almoço com o cara. Basicamente, esta prática é incentivada ela Universidade, a gente convida os caras e eles aceitam ou não, de acordo com disponibilidade deles. É uma oportunidade de conversar em ambiente mais informal sobre temas não necessariamente correlatos à disciplina. O Rivkin é uma figuraça. Muitíssimo gente boa, prosa fácil, queria saber porque nós viemos pra Havard. E o mais interessante: o cara pelo jjeito tinha lido os profiles de todos nós. Sabia que eu trabalhava com pequenas empresas, já tinha estado em outras universidade no mundo, enfim, fez o dever de casa. É fascinante perceber o cuidado e o empenho com que eles encaram a atividade docente (é bem verdade que devem ser muito bem pagos por isso, mas aí é outra conversa...).

Na sequencia, Marketing com John Quelch e o caso da Snapple. Snapple é uma marca de bebida natural que teve um grande crescimento na década de 80 e 90 e foi comprada pela Quacker em 1994 por USD 1.7 bilhões. 4 anos depois de fazer um monte de bobagem e aniquilar a marca, a Quaker passou a Snapple adiante por USD 300 milhões, o que, além de destruir 1.4 bi dos acionistas custos o emprego do CEO e do Chairman. As besteiras foram relacionadas ao não entendimento por parte da Quacker do qu estava por trás da marca "Snapple", e do seu processo de relacionamento com o cliente e com a rede de distribuidores, que tiveram um papel importante na expansão da marca. Não vou entrar em detalhes senão este post vai ficar muito grande, mass algumas lições do case:

- A Quaker nunca fez a pergunta essencial quando assumiu a Snapple: Qual é o valorr gerado para o consumidor com este processo de aquisição? Sem a resposta a esta pergunta, ficava difícil fazer qualquer coisa direito. Ao contrário, a Quacker passou quatro anos DESTRUINDO o valor que o consumidor percebia na marca;
- Essa é para os marketeiros: existe uma diferença muito grande entre os departamentos de marketing e marketing! :-D
- Uma estratégia de marketing vencedora não se preocupa apenas com a marca - a estratégia de marketing tem que se refletir em TODA a cadeia de valor (isso vai ao encontro do que comentei em posts anteriores sobre a Apple e seu "built to order in China and delivery to the client in just 4 days");
- Em alguns segmentos, transparência é fundamental. E transparência refletida em tudo. Por exemplo, o sucesso da Heinz (marca conhecida pelo seu katchup) foi ter começado a vender picles em vidros transparentes. Assim, os clientes (que compravam picles de 300 marcas diferentes em latas) podia ver o quão bom era os picles da Heinz. Obviamente é um exemplo singelo, mas que pode ser extrapolado de inúmeras maneiras;
- Ingrediente chave de estratégias de marketing bem construídas: FUN! (entendem porque falie aquilo de expurgar gente chata????)
- Boas estratégias de marketing requerem INTIMIDADE com o cliente;
- Desenvolver uma marca não está sempre e necessariamente relacionado a idade, renda, classe social, sexo, fatores que constituem a base de planejamentos de marketing em muitas situações. Construir uma marca passa por apelo emocional e por um apelo à mente do cliente (mind appeal). É preciso entender a psicologia por trás da marca;
- Essa é manjada, mas vamos lá: bons produtos são resultado de insights a partir dos clientes + identificação de necessidades latentes (ninguém pode dizer ao Steve Jobs qual será a próxima grande sacada);
- Pra fechar, o slide final da aula:

NEW AGE MARKETING

from BENEFITS to STORIES
from TRANSPARENCY to  SECRETS (segredos compartilhados pelos consumidores entre si, sensação de pertencimento, de criação de cumplicidade)
from PREDICATBILITY to SURPRISES
from SUPPLY to SCARCITY (para gerar desejo)
from CONVENIENCE to CONVERSATION

E finalmente, fechando o dia (fechando antes das atividade spós-classe, bem entendido), aula de Business, Government and the International Economy com Dick Vietor. Trabalhamos o case de Cingapura, que saiu de um PIB per capita de USD 427 em 1960 para USD 20.748 em 2002. Novamente  o case é longo e em função do tamanho deste post e do avançado da hora, não vou poder entrar em detalhes. Mas é uma história que vale a pena ser contada. Embora dentro de um regime relativamente autoritário (reflexão polêmica, mas vamos lá: será que o escesso de democracia não é um problema???? peloamordedeus, nem de perto to sugerindo coisas como as que já vimos na história recente to Brasil nem os absurdos que voltta e meia voltam a tona como controle da imprensa... a reflexão apenas vai na direção de que o excesso de participação pode as vezes se transformar em participismo...), eles conseguiram ter um foco preciso na estratégia de desenvolvimento do país (crescimento baseado em industrialização a partir de investimento estrangeiro com foco em exportação) e tomaram as medidas necessárias em termos de política fiscal e econômica necessários para fazer isso acontecer. A propósito, ambas políticas no brasil guardam muita similaridade com o modelo que deu certo em Cingapura. Uma coisa que chama a atenção por lá é a baixíssima corrupção (Cingapura é o quinto país menos corrupto ou com mais transparância no mundo em rankings elaborados por organismos que avaliam essas coisas). E a base disso, além de fiscalização e punição severa, é que os executivos do poder público são muito bem remunerados. O primeiro ministro, por exemplo, fatura USD 2,1 milhões por ano (4 vezes o que fatura o Obama) e o ministro que menos ganha recebe USD 550.000 por ano. Outro ponto que chama a atenção é que é possível abrir uma empresa em 4 horas pela Internet!!!!!!

Por hoje é isso. Foi mais longo que de costume, mas o dia foi intenso. E a velocidade de tudo continua aumentando, ela é vertiginosa mesmo. Piscou, ficou pra trás.

Pra fechar o dia, fotos da sala de aula no formato arena onde temos aulas e duas fotos do show do RUSH de ontem.

21 comentários:

Anônimo disse...

Outro dia assisti uma entrevista do Salman Rushdie, e ele falou sobre uma receita de bolo para se escrever um livro. primeiro é preciso saber a his´toria q vai ser contada (no caso vc está construindo, feito uma colcha de retalhos), depóis é preciso saber porque contá-la, e por fim o mais dificil é saber como contá-la. Hoje, o post foi sensacional. Não conheço vc, porf isso não preciso puxar seu saco. alguem comentou em algum lugar, que você poderia escrever um livro, seguinte: o livro vai ser consequencia natural, de tão perfeita, inteligente e sedutora narrativa. outra coisa, alugm dia destes vc comentou sobre sua ignorancia em algumas situações, fantástico isso. é legal ler um texto de alguém que parece ser uma referencia para um monte de gente, que vive num mundo de egos estratosféricos, admitir que cada vez que aprendemos algo, só nós faz observar que ainda poderemos aprender muito mais. Sobre o caso de Cingapura, eu trabalho em uma multinacional, onde é nítido alguns casos de corrupção e disfunções da alta gestão. é descarado, mas o problema é tácito e velado. e quando alguém identifica algum problema e questiona, a resposta mais comum, é não faça perguntas dificeis. e concidentemente hj ou melhor, ontem estava almoçando com uma pessoa da empresa e estavamos comentando sobre estas disfunções, e coisas absurdas que são feitas, e depois de tanto debate, chegamso a conclusão que a resposta era a baixa remuneração de toda a cadeia de empresa, que os fins justificavam os meios. desde a alta direção até as esferas inferiores. e justamente condiz com os aspectos que você comentou sobre cingapura. bom é isso. hoje foi mais uma aula para você e para nós seguidores do teu blog! Obrigada por nos manter fiéis ao seu blog!

Unknown disse...

ainda bem que vc é muito rápido guri!
parabéns, principalmente pelo comentário do anônimo, que não te conhece pessoalmente, mas que soube apreciar as tuas grandes qualidades.
Já estou aguardando o livro, te admiro!

Unknown disse...

Ainda bem que vc é MUUUUiTO rápido!
Parabéns, principalmente pelo comentario do anônimo que não te conhece pessoalmente, mas que soue identificar muito bem grandes qualidades suas. Já estou aguardando o livro!!!!
Te admiro Guri!

Nico disse...

Allan,

Tá na hora de você escrever um livro sobre sua carreira acadêmica, assim teremos um unico lugar para acompanhar suas experiências, que para muita gente são inspiradoras.

Abraços

Nico

Anônimo disse...

Chefe,

vamos por partes, como diz nosso bom e velho amigo Jack!
Case Carter Racing - acho que principal papel do lider ou o responsavel pela decisão deve concentrar-se no problema e buscar todos os dados imparcialmente, a distancia ou seja o outro lado do fato, a outra versão da hisoria. O problema é que geralmente a emoção dos envolvidos cega o lider e ele entra no discurso perdendo sua principal caracteristica que é a análise critica, a capacidade de ver o todo do alto (posição esquizoide).
Que bom que discutir cases e estratégias esteja bem bacana, será que é porque vce está por inteiro ai, desnudo de qualquer relação de poder e autoridade, somente aprendiz. 100% ouvidos ,olhos e coração...
Penso que expurgar pessoas de uma organização é a repetição do modelo vigente de só reconhecer as pessoas que me validam ou ao meu pensamento.... A organização pode sofrer com a mesmice e a mediocridade institucionalizada, é para se pensar....
Alba

Allan Costa disse...

Não entendo que expurgar pessoas (talvez o termo seja forte, concordo) de uma organização seja repetir o modelo ou esteja correlacionado a só querer estar próximo de quem "valida o líder". O que percebo com mais frequencia é o contrário: gente que deveria sair (melhor que expurgar), mas que acaba não sendo convidada a partir pra outra por várias razões, sejam elas quais forem. Será que tolerar a incompetência e os comportamentos disfucionais não é punir os bons? Tolerância demais com aqueles que não tem nada a dizer mas ainda assim ocupam nosso tempo tentando se fazer notar não é contribuir com o processo de sabotagem do que verdadeiramente importa para a empresa? O líder não tem responsabilidade direta por isto? E volto a dizer, isso não está relacionado com querer afago. Tanto é, que no post defendi a importância dos "do contra" que agem construtivamente. Essas pessoas, quero perto de mim. Os desfuncionais e incompetentes, prefiro-os, serenamente, na concorrência...

Anônimo disse...

Acontece que as empresas não tem mecanismos e habilidades para manejar esse tipo de assunto (nem outros muito mais simples). O processo decisório é qualitativo, e por ser assim acaba sendo influenciado por questões pessoais, sejam elas boas ou ruins. Minha percepção, que não é nenhuma novidade, é que as organizações não foram, não são e nunca serão meritocráticas. Que os incompetentes são um problema para os que são comprometidos e engajados com o propósito da empresa: é fato, mas eles sempre irão existir. È como conviver com uma pedra no sápato durante a vida toda, ou seja, o problema causado pela pedra, depende do tamanho da pedra, do sapato, da idade do pé, do grau de conformismo do dono do pé, da dor, pela geometria da pedra, temperatura, e por aí afora. Se for o pé de um gigante, imagina, ele é tão grande que nem sabe onde os pés ficam!

Josimar disse...

Oi Allan. Que bom ver vc por aqui.
Achei muito bom seu blog.
Dá para passear um pouco e é claro, atualizar informações.

Beijos,

Flávio, Josi, Tha e Ro

Anônimo disse...

Allan, Bingo! Finalmente as empresas estão se voltando para os clientes e percebendo que se não prestarem atenção "nesse ser" não têm grandes chandes de sobrevivência. Adorei o new age mkt, é o que estamos buscando. Ótimo isso estar sendo discutido nesse nível e dessa forma aí no AMP. Esses dias participei de um evento sobre relações da empresas e seus clientes e fiquei muito feliz em ver presidentes de grandes corporações, vários deles, discutindo e tomando esse tema para si, como altamente estratégico. É um caminho sem volta, ou as empresas se voltam para seus clientes e criam real valor para eles ou estão fadadas ao real fracasso. Abraço. Cristiane Almeida

Anônimo disse...

vc poderia colocar uma listinha destes códigos CEO, COO, CIO, etc, pra gente q não sabe? Parece meio básico, mas assim como eu, acho q tem um monte de gente que não sabe.
Outra sugestão, põe uma fotinho de esquilos (bricadeirinha) rss... ou melhor do living group, pra gente ver!!!

tks
Ana C. Haesbaert

Allan Costa disse...

hehehe... ok, vamos l'a:

CEO - Chief Executive Officer - 'e o cara que manda no barraco, o principal executivo
CFO - Chief Financial Officer - Diretor Financeiro
COO - Chief Operations Officer - o diretor que cuida de operações
CIO - Chief Information Officer - o Diretor de TI
e por aí vai... tem mais um monte de C"X"O, mas esses aí são os mais comuns. Por isso eles dizem que este é curso para executivos de nivel "C" (C = Chief de alguma coisa)

Anônimo disse...

Nossa, que rápido!!!! Esperava sua resposta só amanhã!!!!
Que maravilha!!! ACabou com minha dúvida sobre os Csssss,
muito obrigada
Ana C. Haesbaert

Unknown disse...

Se quiser escrever o livro já tem ghost writer... Só pelo prazer de editar o blog. Abraço e ânimo(!). Andrezza.

Anônimo disse...

Allan,
Primeiro, parabéns pelo seu contéudo! É ótimo!
Sabe, lendo o seu blog, eu fico pensando o quanto transformador essa essa imersão pode ser na vida de alguém. Como sua leitora, gostaria de saber sua opinião sobre como você observa o impacto deste curso no seu futuro.

att.
Maria Berenice

Allan Costa disse...

Maria berenice, ainda não consigo responder à sua pergunta. Tenho plena consciência de que não tem mais jeito de ver o mundo como eu via. Mas tenho a sensação de que ainda não consigo enxergar a amplitude dessa transformação. Ainda estou no começo da jornada. Já posso afirmar que várias coisas mudaram nestas quase duas semanas: a forma como enxergo as empresas e seu relacionamento com o mercado e com seus colaboradores; as possibilidades de inserção dessas empresas num ambiente de competição ferrenha; a minha capacidade de interpretar uma empresa a partir de poucos elementos e promover mudanças; a minha autoconfiança; a minha inserção como um "executivo e cidadão do mundo" neste ambiente sem fronteiras; a crença mais forte do que nunca de que não sei nada de nada e que não dá pra parar de estudar e aprender por um dia que seja; e por aí vai. O simples fato de estar aqui já provoca alto impacto. A sensação de "caramba, saí lá de Jacarezinho, do Colégio Estadual Rui Barbosa, e consegui estudar em Harvard" já é, por si só, um agente de transformação que não dá pra mensurar. Pode parecer bobagem e meio piegas, mas pra mim, representa muito. Mas tenho certeza de que, se eu responder a essa pergunta no final do curso (o que farei com certeza), as respostas que dei acima parecerão banais. A transformação é intensa, constante e radical, e tenho procurado prestar atenção nelas. Dividirei minhas reflexões e percepções à medida em que elas forem surgindo.

Anônimo disse...

Allan, muito legal sua percepção. Com certeza, a reflexão durante o processo de transformação e depois, vão ser cruciais para você potencializar na prática, na sua profissão, tudo o que você pode contribuir para o mundo. E usando suas expressões, você é alguém que sabe de onde veio, nunca se esqueça isso, e que agora é um cidadão do mundo, e de fato sem fronteiras. Nunca perca sua percepção das pessoas, o tato com elas. Pois são elas que precisam ser potencializadas, afinal ninguém faz nada sozinho!!! Outra, coisa, a genialidade do teu blog, está no teu conteúdo, na forma como você traduz o que está vendo, sentindo, ouvindo... e assim por diante. Sair de JAcaré para o mundo é fantástico, e tenho certeza que as pessoas que acompanham seu diário, apreciam a sua dedicação, admiram suas conquistas e torcem por seu sucesso! Vou usar um ditado popular que diz: "Deus dá asas para quem não sabe voar". Para dizer que o teu caso é completamente o oposto, e você sabe disso! Muita sorte para você.
Maria Berenice.

Anônimo disse...

Caríssimo Allan: a impressão que tenho lendo seu blog desde o primeiro dia, é que você parece aquele cara que descobriu um grande tesouro e que precisa descrever apenas uma ou duas pérolas para os seus amigos! Que tarefa difícil!
Entre as pérolas deste dia, preciso comentar a sua excelente frase:

1) ""super-confiança nas informações disponíveis". Mas e as que NÃO estão disponíveis? As organizações, afirma Bazerman, estão cheias de pessoas para lhe dizer que você está correto. E elas se chama "subordinados". O mundo é profícuo em fornecer evidências de que estamos corretos. Por isso, nosso dever é procurar evidências de que estamos ERRADOS.""

2)o seu diálogo com a Alba:

Quanto ao 1: sempre haverá o viés da confirmação. O cérebro tenta o tempo todo ignorar o que "já sabe" para buscar conhecimento novo. Um bom analista de IC treina diariamente a minimização do viés de confirmação. Inclusive a "técnica das hipóteses" procura rejeitar completamente um argumento antes de aceitá-lo como válido, ao invés de seguir o caminho acadêmico da comprovação.

Quanto ao 2: as emoções (outro viés) influencia bem ou mal, cada decisão. Neste sentido, o mesmo cara que é FUN num dia, pode não ser no outro... e pode vir a calhar de nunca ser na presença do hierárquico superior. De novo: ambientes "evoluídos" para discussão não conseguem ser constituídos onde há diferenças hierárquicas. Sempre haverá gente preocupada em manter o emprego ou em impressionar o chefe. Em ambos os casos quem perde é a empresa.

Anônimo disse...

Esse último comentário do Caríssimo Anonimo foi ótimo, apliou ainda mais a discussão.
2.1 - é preciso destruir para construir?
2.2 - a emoção por definição é instável, logo o desespero está no fato de não haver uma constante e não ser possível prever reações. E ainda, o desafio é estabelecer um ambiente maduro para discussões saudáveis? é isso? Como estabelecer tal ambiente, sendo que as pessoas não estão preparadas nem para ouvir e muito menos para falar o que realmente pensam?

Adriano Pereira da Silva disse...

Sobre perguntas. Tem uma lenda sobre o Einstein que é mais ou menos assim: um dia da semana ele fazia questão de dar expediente para uma garotinha do primario (aula em casa). Seus amigos cientistas indignados lhe perguntaram: bicho, como vc consegue perder tempo com uma garotinha dessas? Ele respondeu: vcs não fazem idéias das perguntas maravilhosas que ela me faz...
Gostei do teu posicionamento sobre a importancia da contrariedade. Quando não há abertura por meio da liderança, a equipe tende a nao se manisfestar. Todos perdem.

Anônimo disse...

Adriano, já que vc falou em Einstein, vou usar uma phrase que dizem que é dele...
"A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original."
Ler esse blog, é bem isso, é abrir os olhos para novas idéias, para novas perguntas, para um novo mundo. Allan está de Parabéns!!!

Allan Costa disse...

Obrigado, "Anonimo". Adriano, voce estah batendo todos os recordes de leitura dinamica!!!!! :-D